PRESTÍGIO III

5 questões frequentes sobre depósitos a prazo

29.08.2022
Imobiliário

Os depósitos a prazo permitem investir a sua poupança sem risco de perda de capital.

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Seja qual for o montante que tem disponível para investir existe sempre uma alternativa. Os depósitos a prazo são uma das opções. Têm a vantagem em relação a outras opções de lhe garantir o capital aplicado, mesmo que a instituição financeira entre em insolvência.

Neste artigo iremos responder a um conjunto de questões frequentes sobre este tipo de depósito.

  1. O que é um depósito a prazo?

Um depósito a prazo é uma das formas de aplicar as suas poupanças. O cliente entrega o dinheiro a uma instituição financeira que o devolve mais tarde acrescido de juros.

Existem diferentes tipos de depósitos a prazo pelo que é fundamental, antes de depositar o seu dinheiro, analisar e comparar as Fichas de Informação Normalizada (FIN) de diferentes alternativas ou, em caso de depósitos mais complexos (depósitos a prazo estruturados), o Documento de Informação Fundamental (DIF).

  1. Que informação encontro na FIN?

Os bancos são obrigados a disponibilizar a FIN aos seus clientes antes da contratação dos produtos. A Ficha de Informação Normalizada resume a informação de cada produto, incluindo os depósitos a prazo. Aí estão descritas as caraterísticas dos depósitos que lhe permitem, por um lado, conhecer o produto e, por outro, comparar com outras ofertas da mesma ou de outra instituição de crédito.

A FIN é um elemento importante para a tomada de decisões esclarecidas sobre a aplicação da poupança! Eis a principal informação que vai encontrar no documento:

  • Designação do produto;
  • Condições de acesso;
  • Modalidade (neste caso depósito a prazo);
  • Prazo;
  • Mobilização antecipada (possível ou não);
  • Renovação automática (sim ou não);
  • Moeda (euro ou outra divisa);
  • Montante mínimo (pode também existir montante máximo);
  • Reforços (possível ou não);
  • Taxa de remuneração (TANB, TANL);
  • Regime de capitalização de juros (sim ou não);
  • Cálculo dos juros;
  • Pagamento de juros (quando e onde são creditados);
  • Regime fiscal;
  • Renovação (aplicável ou não);
  • Capital garantido;
  • Reforços (possível ou não)

Leia também: 13 conceitos financeiros que deve conhecer quando interage com o seu banco

  1. Quais as caraterísticas comuns a todos os depósitos a prazo?

Em primeiro lugar, os depósitos a prazo não têm risco de perder o capital investido. O montante que aplicar voltará para as suas mãos com mais ou menos juros. É a Garantia de Capital.

Mesmo que a instituição financeira entre em insolvência, os depósitos a prazo estão cobertos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. O FGD garante o reembolso dos depósitos constituídos nas instituições de crédito suas participantes caso se verifique uma situação de indisponibilidade de depósitos nalguma dessas instituições, explica o FGD.

O FGD assegura o reembolso até 100 mil euros por depositante e instituição. Ou seja, até este valor não existe risco de crédito. Um investidor que tenha um depósito a prazo de 50 mil euros num banco e de 75 mil euros noutro está sempre salvaguardado.

  1. Quais as caraterísticas que variam entre depósitos a prazo?  

Os depósitos a prazo não são todos iguais. Quando pretende aplicar a sua poupança deve atentar às seguintes características.

Remuneração: Cada produto tem a sua remuneração. Ou seja, ao capital investido vão somar-se os juros. Em alguns casos, quando os depósitos são mais complexos, pode acabar por não existir remuneração, mas na generalidade dos casos, vai receber mais dinheiro do que o depositado.

Prazo: Cada produto tem a sua duração. Em regra, quanto mais longo for o prazo maior a taxa de juro. No entanto, tenha atenção que, com prazos mais longos, poderá correr riscos de liquidez. Ou seja, precisar do dinheiro e não o poder utilizar. Para se salvaguardar poderá, por exemplo, distribuir o montante disponível entre aplicações com diferentes prazos.

Condições de mobilização antecipada: Nem todos os depósitos permitem a mobilização antecipada. Se for possível, não correrá risco de liquidez, pois poderá levantar o seu dinheiro quando quiser, sendo apenas penalizado nos juros.

Periodicidade de pagamento de juros: Algumas aplicações pagam os juros apenas no final do prazo, outras vão pagando regularmente (por exemplo de três em três meses). Neste caso, tipicamente os juros são depositados pelo banco na sua conta a prazo o que aumenta o volume investido e por consequência a base para o cálculo dos juros.

Reforços de capital: Há produtos que permitem o reforço de capital e outros nos quais isso não é possível. Se for possível, poderá depositar mais dinheiro na conta a qualquer momento ou nos prazos definidos e, desde modo, acelerar o ritmo de poupança.

Capitalização de juros: Se previsto, os juros da aplicação depositados na conta a prazo vão servindo de reforço à sua poupança.

Condições de acesso: Algumas contas têm pré-requisitos de acesso. Estes podem ser valores mínimos e máximos de depósito, mas podem ir mais longe. Há produtos só para emigrantes, jovens, reformados, novos clientes...

  1. Quais são os tipos de remuneração de depósitos a prazo?

É outro elemento que distingue os produtos de depósito a prazo e que vale por si, uma pergunta à parte.

Remuneração simples

A remuneração pode ser simples com uma taxa fixa ou variável. Se for a taxa fixa o valor da taxa de juro é conhecido no momento da contratação. Caso seja variável poderá, como o próprio nome indica, ter juros mais ou menos elevados, dependendo da evolução dos mercados financeiros.

Recorde-se que as taxas de juro variáveis são compostas por dois elementos: o indexante (tipicamente a Euribor) e o spread (o lucro do banco). Uma vez que o indexante varia (atualmente com tendência para subir) existe uma incerteza quanto à remuneração. Como qualquer outro depósito a prazo o capital investido está assegurado.

Remuneração estruturada

A remuneração pode também ser estruturada. Neste caso, o cálculo dos juros é mais complexo, pois pode depender da evolução de um conjunto de ações ou de taxas de câmbio. Existe o risco de remuneração, mas o capital investido voltará sempre para si.

No caso específico deste tipo de produto, é necessário ter acesso ao Documento de Informação Fundamental para compreender o cálculo dos juros.

Contas Poupança

Um subtipo de produtos com remuneração simples são as Contas Poupança. Estas são depósitos a prazo com renovação automática e possibilidade de, a qualquer momento, levantar ou reforçar a poupança (programada ou pontual). São exemplo deste tipo de produto as Contas Poupança Habitação, as Contas Poupança Condomínio, as Conta destinadas a emigrantes ou reformados.

A título de conclusão, sem risco de perda de capital aplicado, o produto ideal para cada pessoa depende do montante a investir, do prazo possível e até de objetivos futuros ou fases da vida. Caso tenha dúvidas, pode sempre consultar os intermediários de crédito da MaxFinance que, acima de tudo, querem ser um parceiro da sua vida financeira a longo prazo.

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