Taxa fixa ou variável: quais são as vantagens e as desvantagens
27.06.2022Optar entre uma taxa fixa ou variável requer analisar os riscos de cada uma delas.
Se pretende contratar um crédito à habitação ou renegociar o empréstimo que tem junto do seu banco deve considerar as várias opções de taxa de juro. Estas podem ser taxas fixas ou variáveis. No momento de decidir se pretende uma taxa fixa ou variável para o seu crédito deve pesar os prós e os contras de cada uma das opções.
Em breve, a taxa de juro diretora, fixada pelo Banco Central Europeu (BCE), poderá aumentar, possivelmente ainda em 2022. Esta subida terá impacto na taxa de juro Euribor que é utilizada como referência pela generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal. Os juros dos empréstimos para crédito à habitação estão habitualmente indexados à taxa Euribor.
O que significa que, se a taxa Euribor varia – para cima ou para baixo – também a sua prestação se altera. E em breve poderá começar a subir. As famílias com créditos à habitação indexados à Euribor a três, seis ou doze meses irão sentir um aumento na prestação da casa. As famílias que optaram por taxa fixa vão continuar a pagar o mesmo que anteriormente.
Compreenda neste artigo quais as diferenças, vantagens e desvantagens de optar por uma taxa fixa ou variável.
1. O que são e quais as diferenças entre as taxas de juro fixa e variável?
A escolha da taxa de juro fixa ou variável é uma das decisões importantes a tomar aquando da contratação (ou renegociação) de um crédito à habitação. Segundo o Banco de Portugal, a maioria dos empréstimos no país tem taxa de juro variável. Quando a opção é taxa de juro fixa esta aplica-se normalmente durante alguns anos.
Taxa de juro variável
A taxa de juro variável resulta da soma do indexante ou taxa de referência (Euribor) e o spread (o lucro do banco). Aquando da negociação do contrato, o cliente escolhe a indexação (as mais frequentes são a três ou seis meses). Isto significa que de três em três meses ou de seis em seis meses a taxa de juro do empréstimo será revista e, por consequência aumentar, diminuir ou manter-se durante os próximos três ou seis meses.
A outra componente da taxa de juro é o spread que é definido pela instituição de crédito com base no risco de crédito do cliente, garantias do empréstimo e o valor do imóvel. Além disso, o spread pode também baixar mediante a aquisição de outros produtos ou serviços financeiros através da instituição bancária, as chamadas vendas cruzadas.
Taxa de juro fixa
A taxa de juro fixa, como o próprio nome indica, mantém-se inalterada durante o período acordado com a instituição de crédito. Ou seja, independentemente das flutuações das taxas de juro – nomeadamente a Euribor – o valor da prestação que paga mensalmente ao banco não se altera.
Em regra, a prestação de um empréstimo a taxa de juro fixa é mais elevada do que a prestação indexada à Euribor, porque o cliente está, no fundo, a pagar pela segurança de não ver a sua prestação aumentada. Pelo contrário, se a Euribor baixar, a prestação irá manter-se. Por isso, deve ponderar bem antes de optar por esta taxa.
O valor da taxa de juro fixa é definido com referência à taxa fixa praticada no mercado interbancário, a taxa swap.
Qual a melhor opção: taxa fixa ou variável?
Como todas as questões complexas, depende. Com a taxa variável, a mais comum, enquanto a taxa de juro Euribor se mantém baixa a prestação irá igualmente manter-se baixa. Mas, e se começar a subir?
Recorde-se que em 2008 e nos anos seguintes, em plena crise provocada pelo mercado subprime nos EUA, as taxas de juro, incluindo a Euribor, subiram exponencialmente o que levou ao aumento substancial das prestações de crédito à habitação, afetando muitas famílias também em Portugal. A intervenção dos bancos centrais conseguiu estancar a subida das taxas de juro que se têm mantido baixas desde 2012.
Mas as taxas de juro poderão voltar a subir, como avançam os peritos, apontando para que a taxa Euribor não supere o 1% nos próximos anos.
A taxa fixa é tipicamente mais elevada do que a taxa variável, mas antecipando o futuro, poderá estar na altura de considerar mudar. Neste momento as taxas estão baixas e poderá ser o momento ideal para optar pela taxa fixa.
O que considerar quando pondera alterar a taxa de juro escolhida?
A decisão deverá ser tomada em família, tendo em conta algumas variáveis, nomeadamente o rendimento disponível e o esforço para contemplar um aumento na prestação.
A taxa fixa será, no entanto, uma segurança caso a Euribor suba muito. Nesse caso, a prestação poderá inclusivamente ficar mais baixa do que empréstimos semelhantes indexados.
A mudança não deve ser feita de ânimo leve. Por exemplo, se pretender futuramente amortizar o seu empréstimo, as comissões de amortização antecipada costumam ser mais elevadas no caso da taxa fixa (2%) do que com uma taxa variável (0,50%). A comissão de amortização antecipada é quatro vezes mais elevada no caso da taxa fixa.
Os especialistas alertam ainda para uma outra situação: mudar de taxa variável para taxa fixa é simples. Já o contrário é mais complicado.
Fale com o seu banco, peça simulações, aconselhe-se com os intermediários de crédito da MaxFinance, e tome uma decisão informada. Os profissionais de intermediação de crédito podem apresentar-lhe as condições mais vantajosas quer para novos créditos à habitação quer na renegociação desses créditos, além de conhecerem o mercado como ninguém.
Veja ainda: Sabe o que é e o que faz um intermediário de crédito?
Taxa fixa ou variável: quais são as vantagens e as desvantagens
Optar entre uma taxa fixa ou variável requer analisar os riscos de cada uma delas.
Se pretende contratar um crédito à habitação ou renegociar o empréstimo que tem junto do seu banco deve considerar as várias opções de taxa de juro. Estas podem ser taxas fixas ou variáveis. No momento de decidir se pretende uma taxa fixa ou variável para o seu crédito deve pesar os prós e os contras de cada uma das opções.
Em breve, a taxa de juro diretora, fixada pelo Banco Central Europeu (BCE), poderá aumentar, possivelmente ainda em 2022. Esta subida terá impacto na taxa de juro Euribor que é utilizada como referência pela generalidade das instituições financeiras a operar em Portugal. Os juros dos empréstimos para crédito à habitação estão habitualmente indexados à taxa Euribor.
O que significa que, se a taxa Euribor varia – para cima ou para baixo – também a sua prestação se altera. E em breve poderá começar a subir. As famílias com créditos à habitação indexados à Euribor a três, seis ou doze meses irão sentir um aumento na prestação da casa. As famílias que optaram por taxa fixa vão continuar a pagar o mesmo que anteriormente.
Compreenda neste artigo quais as diferenças, vantagens e desvantagens de optar por uma taxa fixa ou variável.
1. O que são e quais as diferenças entre as taxas de juro fixa e variável?
A escolha da taxa de juro fixa ou variável é uma das decisões importantes a tomar aquando da contratação (ou renegociação) de um crédito à habitação. Segundo o Banco de Portugal, a maioria dos empréstimos no país tem taxa de juro variável. Quando a opção é taxa de juro fixa esta aplica-se normalmente durante alguns anos.
Taxa de juro variável
A taxa de juro variável resulta da soma do indexante ou taxa de referência (Euribor) e o spread (o lucro do banco). Aquando da negociação do contrato, o cliente escolhe a indexação (as mais frequentes são a três ou seis meses). Isto significa que de três em três meses ou de seis em seis meses a taxa de juro do empréstimo será revista e, por consequência aumentar, diminuir ou manter-se durante os próximos três ou seis meses.
A outra componente da taxa de juro é o spread que é definido pela instituição de crédito com base no risco de crédito do cliente, garantias do empréstimo e o valor do imóvel. Além disso, o spread pode também baixar mediante a aquisição de outros produtos ou serviços financeiros através da instituição bancária, as chamadas vendas cruzadas.
Taxa de juro fixa
A taxa de juro fixa, como o próprio nome indica, mantém-se inalterada durante o período acordado com a instituição de crédito. Ou seja, independentemente das flutuações das taxas de juro – nomeadamente a Euribor – o valor da prestação que paga mensalmente ao banco não se altera.
Em regra, a prestação de um empréstimo a taxa de juro fixa é mais elevada do que a prestação indexada à Euribor, porque o cliente está, no fundo, a pagar pela segurança de não ver a sua prestação aumentada. Pelo contrário, se a Euribor baixar, a prestação irá manter-se. Por isso, deve ponderar bem antes de optar por esta taxa.
O valor da taxa de juro fixa é definido com referência à taxa fixa praticada no mercado interbancário, a taxa swap.
Qual a melhor opção: taxa fixa ou variável?
Como todas as questões complexas, depende. Com a taxa variável, a mais comum, enquanto a taxa de juro Euribor se mantém baixa a prestação irá igualmente manter-se baixa. Mas, e se começar a subir?
Recorde-se que em 2008 e nos anos seguintes, em plena crise provocada pelo mercado subprime nos EUA, as taxas de juro, incluindo a Euribor, subiram exponencialmente o que levou ao aumento substancial das prestações de crédito à habitação, afetando muitas famílias também em Portugal. A intervenção dos bancos centrais conseguiu estancar a subida das taxas de juro que se têm mantido baixas desde 2012.
Mas as taxas de juro poderão voltar a subir, como avançam os peritos, apontando para que a taxa Euribor não supere o 1% nos próximos anos.
A taxa fixa é tipicamente mais elevada do que a taxa variável, mas antecipando o futuro, poderá estar na altura de considerar mudar. Neste momento as taxas estão baixas e poderá ser o momento ideal para optar pela taxa fixa.
O que considerar quando pondera alterar a taxa de juro escolhida?
A decisão deverá ser tomada em família, tendo em conta algumas variáveis, nomeadamente o rendimento disponível e o esforço para contemplar um aumento na prestação.
A taxa fixa será, no entanto, uma segurança caso a Euribor suba muito. Nesse caso, a prestação poderá inclusivamente ficar mais baixa do que empréstimos semelhantes indexados.
A mudança não deve ser feita de ânimo leve. Por exemplo, se pretender futuramente amortizar o seu empréstimo, as comissões de amortização antecipada costumam ser mais elevadas no caso da taxa fixa (2%) do que com uma taxa variável (0,50%). A comissão de amortização antecipada é quatro vezes mais elevada no caso da taxa fixa.
Os especialistas alertam ainda para uma outra situação: mudar de taxa variável para taxa fixa é simples. Já o contrário é mais complicado.
Fale com o seu banco, peça simulações, aconselhe-se com os intermediários de crédito da MaxFinance, e tome uma decisão informada. Os profissionais de intermediação de crédito podem apresentar-lhe as condições mais vantajosas quer para novos créditos à habitação quer na renegociação desses créditos, além de conhecerem o mercado como ninguém.
Veja ainda: Sabe o que é e o que faz um intermediário de crédito?